Fazer compras no supermercado é uma tarefa que nem todos gostam, mas que tem de ser feita. Felizmente, existem estratégias que nos permitem aproveitar ao máximo a ida ao supermercado e que nos ajudam a poupar tempo e evitar comprar produtos desnecessários.
Fazer uma lista de compras
Ter uma lista ajuda a garantir que compramos todos os ingredientes que precisamos, evitando outras visitas desnecessárias ao supermercado. Além disso, ajuda também a fazer as compras com maior foco, otimizando o tempo disponível.
Comparar preços
Só assim é possível perceber quando estamos a fazer uma boa compra e qual o supermercado com preço mais vantajoso para nós.
Aderir ao cartão de fidelização ou à app do supermercado
Há programas de fidelização com muitas vantagens. Ao dedicar algum tempo a estudar as vantagens de cada um, é possível poupar centenas de euros por ano.
Optar por ir ao supermercado sozinho/a
Ir às compras em família torna a visita ao supermercado mais demorada, consumindo mais tempo precioso do nosso dia. Por outro lado, ir ao supermercado sozinho/a permite fazer as compras com mais foco e racionalidade.
Evitar comida pronta e processados
Estas opções são tendencialmente mais caras e menos saudáveis. Em alternativa, tente cozinhar refeições equivalentes em casa usando ingredientes frescos e saudáveis (e guarde os processados só para situações de “emergência”).
Comprar frutas e legumes da época
Ao privilegiar a sazonalidade beneficiamos de uma melhor relação qualidade preço, já para não falar do maior valor nutricional e menor impacto no meio ambiente.
Considerar opções enlatadas
Embora o ideal seja consumir o máximo possível de alimentos frescos, as opções enlatadas costumam ser igualmente nutritivas, e muitas vezes mais económicas. Além disso, têm uma vida útil mais longa e muitas vezes permitem improvisar uma refeição quando já não temos muitas opções de alimentos no frigorífico.
Com o aumento do preço dos alimentos, pode ser um desafio fazer as compras habituais sem ultrapassar o orçamento. Mas é possível fazer algumas substituições de alimentos por alternativas igualmente nutritivas e saborosas:
Substituir frutas e vegetais frescos por congelados
Muitas vezes, as opções congeladas são mais económicas que os produtos frescos. E, ao contrário do que normalmente se pensa, são igualmente nutritivas. Os vegetais são habitualmente congelados no seu pico de maturação, ou seja, quando estão mais ricos em nutrientes. E a maioria dos processos de congelação não afeta, ou afeta minimamente, a composição nutricional dos alimentos.
Substituir a carne e peixe por leguminosas em algumas receitas
Para quem não está habituado, poderá parecer estranho inicialmente. Mas, com as receitas certas, conseguimos obter sabores e texturas muito interessantes (e que muitas vezes até fazem lembrar os da carne). E ao substituir a carne e peixe por lentilhas, grão ou feijão, nem que seja só uma ou duas vezes por semana, cria-se uma grande oportunidade de poupança.
Considerar peças de carne mais baratas
Há muitas receitas em que o tipo de peça não faz diferença. Pode-se substituir, por exemplo, peito de frango por coxas de frango. A mesma coisa se aplica à carne bovina: os cortes que normalmente são indicados para assar/estufar, como o cachaço e o chambão, são mais baratos, mas até são mais saborosos e podem ser utilizados em vários pratos.
Optar por leguminosas secas
As leguminosas em frasco ou lata são muito práticas e muitas vezes permitem improvisar uma refeição quando não temos muitas opções em casa. No entanto, quando comprados secos, o feijão, grão e lentilhas ficam muito mais económicos. Mesmo considerando os custos com água e eletricidade, para os cozinhar!
Uma conservação adequada permite preservar os alimentos durante mais tempo e em melhores condições. Desta forma, torna-se numa excelente ferramenta contra o desperdício alimentar e todos os gastos associados. Algumas dicas para um armazenamento correto:
Armazenar carne e peixe na zona mais fresca do frigorífico
A carne e peixe frescos devem ser armazenados na parte traseira da prateleira inferior do frigorífico. Este gesto ajuda a conservar melhor a carne e peixe e a evitar que se estraguem antes de serem utilizados.
Refrigerar rapidamente os alimentos que precisam de uma temperatura fria
Armazenar os alimentos à temperatura adequada ajuda a retardar o crescimento de bactérias e a mantê-los frescos por mais tempo. O ideal é refrigerar imediatamente todos os produtos perecíveis assim que se chega a casa com as compras. No caso de refeições cozinhadas, o ideal é deixar arrefecer apenas durante alguns minutos e depois colocar logo no frigorífico. É de evitar que os cozinhados fiquem à temperatura ambiente durante mais de 2 horas.
Descongelar da forma correta
Os alimentos devem ser retirados do congelador com, pelo menos,
24 horas de antecedência e colocados a descongelar na prateleira inferior do frigorífico. Especialmente importante no caso da carne e peixe, pois as bactérias podem rapidamente multiplicar-se se estes forem deixados a descongelar à temperatura ambiente.
Evitar o desperdício de frutas maduras
Quando as frutas estão maduras, deve-se evitar misturá-las com outros tipos de fruta, pois isto pode acelerar o processo de amadurecimento. Quando estão neste ponto, podem ser colocadas no frigorífico para travar o amadurecimento durante alguns dias. Em alternativa, podem ser congeladas para posteriormente serem utilizadas em batidos ou receitas doces.
Evitar lavar as verduras antes de as colocar no frigorífico
A humidade em excesso pode fazer com que as verduras se estraguem mais rapidamente. Por esta razão, só devem ser lavadas no caso de estarem muito sujas (por exemplo, com terra ou areia). E, caso sejam lavadas, devem ser bem escorridas e secas antes de se armazenarem no frigorífico.
O planeamento de refeições é um dos grandes pilares da organização doméstica. E facilita muito as rotinas diárias, pois elimina a preocupação de nunca saber o que fazer para o jantar e permite cozinhar as refeições sem stress. Estas são as principais vantagens de fazer o planeamento de refeições:
Ajuda a definir a lista de compras
Planear as refeições permite uma visão mais clara dos alimentos que estão em falta e que têm de ser adicionados à lista.
Ajuda a manter o frigorífico organizado
Porque se compram apenas os alimentos que são necessários para os próximos dias. Assim, o frigorífico não fica demasiado cheio com coisas desnecessárias, ficando naturalmente mais organizado.
Incentiva uma alimentação mais saudável e variada
Oferece uma visão mais ampla de quais são as refeições dos próximos dias, permitindo planear uma dieta mais diversificada (e evitando as refeições de última hora, menos saudáveis).
Permite poupar tempo
Os poucos minutos que se perdem a planear as refeições evitam aquele tempo que se perde a pensar no que cozinhar todos os dias. Além disso, também poupa o tempo de eventuais visitas de “emergência” ao supermercado.
Ajuda a ter rotinas mais tranquilas
Pois reduz o stress de nunca saber o que cozinhar. Além disso, fornece a tranquilidade de saber que temos sempre em casa os ingredientes necessários para confecionar as refeições planeadas.
Evita o desperdício alimentar
Porque se compra apenas aquilo que é efetivamente necessário para as refeições dos próximos dias. Logo, não ficam alimentos esquecidos no frigorífico e que eventualmente acabam por se estragar.
O frigorífico é o eletrodoméstico que consome mais energia, mas existem estratégias para reduzir o seu consumo:
Evitar abrir a porta desnecessariamente (e deixá-la aberta durante muito tempo)
Isto causa muitas variações de temperatura, o que reduz a eficiência da refrigeração e aumenta o consumo.
Manter o frigorífico bem limpo e arrumado
Este gesto também promove uma refrigeração mais eficaz. Devemos evitar encostar produtos à parte traseira do frigorífico e, se possível, deixar algum espaçamento entre os produtos. Tudo isto promove a circulação do ar, o que torna a refrigeração mais eficaz.
Não colocar alimentos demasiado quentes no frigorífico
Depois de cozinhados, os alimentos devem ficar alguns minutos à temperatura ambiente, para que arrefeçam um pouco. Caso contrário, ao colocar alimentos muito quentes no frigorífico, o aparelho acaba por consumir mais energia para arrefecer novamente.
Descongelar alimentos no frigorífico
Além de ser uma boa prática de descongelação, os alimentos congelados também vão ajudar a arrefecer o frigorífico, reduzindo o seu consumo.
Verificar se as borrachas vedantes estão em boas condições
É importante analisar as borrachas e verificar se a porta do frigorífico veda corretamente. Quando as borrachas não estiverem a vedar bem podem comprometer a eficiência do frigorífico, e por isso devem ser substituídas.
Remover placas de gelo que se acumulem no frigorífico
A remoção das placas de gelo deve ser um hábito regular, pois o gelo nas paredes do frigorífico reduz consideravelmente a sua eficiência energética.
O congelador pode ser um grande aliado no combate ao desperdício alimentar, evitando também os gastos associados. Praticamente todos os alimentos podem ser congelados de forma segura e mantendo o seu sabor e textura.
No entanto, para congelar comida, não basta apenas colocá-la diretamente no congelador, em qualquer embalagem e sem grandes cuidados. É importante seguir algumas recomendações para que corra tudo da melhor forma:
Recomendações gerais de congelamento
Os alimentos devem ser congelados antes da sua data de validade. Além disso, devem ser armazenados em recipientes ou sacos próprios para congelação, para evitar queimaduras de gelo. É também recomendável identificar os alimentos que estão congelados, com o nome e a data de validade (ou de congelamento).
Congelar frutas
As frutas cruas ou cozidas podem ser congeladas, inteiras ou fatiadas. Podem depois ser utilizadas em smoothies, papas, ou outras receitas doces.
Congelar legumes
O ideal é prepará-los antes de os congelar, até porque se torna mais prático para utilizar posteriormente e mais fácil de armazenar. Também podem ser congelados restos de legumes, para fazer caldo de legumes.
Congelar ervas aromáticas
As ervas devem ser picadas e congeladas numa camada fina, para evitar que congelem em bloco. Alternativamente, podem também ser congeladas em cuvetes de gelo, juntamente com um pouco de azeite (perfeito para utilizar em refogados e salteados!).
Congelar carne e peixe
A carne e peixe podem ser congelados quando ainda estão frescos ou já cozinhados. No entanto, estando crus, não devem ser congelados mais que uma vez, para não perderem o sabor e qualidades nutricionais. Uma vez descongelados, podem ser cozinhados e, aí sim, serem congelados mais uma vez.
Congelar líquidos
Os líquidos devem ser armazenados num recipiente com espaço suficiente para o líquido expandir. Praticamente todos os líquidos podem ser congelados, desde restos de molho de tomate, a claras de ovo ou até ao vinho utilizado para cozinhar.
O pão é um alimento muito habitual nas casas portuguesas e também acaba por ser muito desperdiçado. Desde o pão que sobra e não chega a ser comido, ao pão que já ficou duro, existem várias formas de o reaproveitar.
Congelar o pão fatiado
O pão, por si só, pode ser guardado no congelador sem praticamente afetar a sua textura. Também pode ser congelado inteiro, mas a forma mais prática de o fazer é fatiá-lo antes de congelar, para posteriormente ser mais fácil descongelar apenas as fatias que necessitamos.
Fazer pão ralado
O pão ralado é útil na preparação de vários pratos e é possível utilizar pão que já está duro para o fazer. Idealmente, o pão deve ser tostado (na torradeira ou no forno). Depois, basta partir em pedaços e processar num robot de cozinha ou processador de alimentos. E o pão ralado também pode ser congelado! Devido à ausência de humidade, o pão ralado fica bastante solto quando está congelado, por isso está sempre pronto a utilizar.
Fazer croutons
Os croutons acompanham muito bem saladas e sopas e são uma excelente forma de aproveitar restos de pão. Basta cortar o pão em pequenos cubos, regá-los com azeite (opcional: adicionar sal, alho em pó e orégãos) e tostar numa frigideira ou no forno.
Preparar uma receita com pão
Para além destas ideias, os restos de pão podem também ser aproveitados para cozinhar pratos típicos portugueses como açorda ou migas. Para tal, podem ser utilizados restos de pão que já está duro ou pão que já foi congelado.
As sobras não têm de ser sempre comida aquecida! Podem facilmente transformar-se num prato novo, e para isso apenas precisamos de dar asas à imaginação.
Esta é não só uma forma de combater o desperdício alimentar, mas também de ser mais criativo com os restos de comida e evitar aquela sensação de estarmos sempre a comer o mesmo.
Há pratos, como as quiches e as tortilhas, que facilmente ajudam a salvar e reinventar sobras de vários tipos de alimentos. Mas as ideias não se ficam por aqui e existem muitas mais ideias que poderá utilizar da próxima vez que tiver sobras no frigorífico:
Congelar o pão fatiado
O pão, por si só, pode ser guardado no congelador sem praticamente afetar a sua textura. Também pode ser congelado inteiro, mas a forma mais prática de o fazer é fatiá-lo antes de congelar, para posteriormente ser mais fácil descongelar apenas as fatias que necessitamos.
Fazer pão ralado
O pão ralado é útil na preparação de vários pratos e é possível utilizar pão que já está duro para o fazer. Idealmente, o pão deve ser tostado (na torradeira ou no forno). Depois, basta partir em pedaços e processar num robot de cozinha ou processador de alimentos. E o pão ralado também pode ser congelado! Devido à ausência de humidade, o pão ralado fica bastante solto quando está congelado, por isso está sempre pronto a utilizar.
Sobras de carne, peixe e/ou vegetais
Sobras de frango ou perú
Sobras de peixe
Sobras de batata
Sobras de carne picada:
Sobras de bacon, cogumelos e/ou pimentos
Sobras de risotto ou arroz
Sobras de pão
Existem algumas formas simples de fazer com que as receitas rendam mais porções, tornando-as até mais completas e nutritivas.
Incorporar vegetais em pratos de carne
A pratos como empadão, lasanha, almôndegas ou hambúrgueres podem-se juntar, por exemplo, cenouras, cogumelos, espinafres ou alho francês. Esta também é uma boa oportunidade para aproveitar restos de legumes que estejam no frigorífico a estragar-se, evitando assim o desperdício alimentar. Para além disso, também é uma oportunidade de adicionar mais nutrientes e sabor.
Apostar nas leguminosas
Há várias receitas em que é possível cortar na carne ou peixe e adicionar algumas leguminosas. Pode optar por combinar as duas ou omitir completamente a proteína animal. Alguns exemplos de pratos para experimentar:
Optar por refeições de um só tacho
Para além de serem muito práticas, uma vez que se juntam todos os ingredientes num só tacho, também rendem muito e podem ser úteis para aproveitar sobras.
Ter sempre mais de um acompanhamento
Quando se trata de acompanhar a carne ou peixe, é boa ideia juntar mais de um acompanhamento, para rentabilizar. Em vez de acompanhar apenas com um hidrato de carbono (batata, massa, arroz), junte também uma porção de vegetais cozinhados (ex: legumes salteados) e outra de vegetais frescos (ex: salada).
Incluir sopa no menu
Ter sempre uma sopa feita e criar o hábito de a incorporar nas refeições não só ajuda a saciar mais, como também aumenta o aporte de nutrientes.
As despesas com gás e eletricidade representam uma grande fatia do orçamento familiar e é na cozinha que se faz uma grande parte desse consumo. Mas existem algumas formas de poupar energia enquanto cozinhamos:
Preparar os alimentos antes de começar a cozinhar
Antes de ligar a placa elétrica ou o fogão a gás, o ideal é ter já tudo preparado (por exemplo, os legumes já cortados e a carne ou peixe já temperados).
Cozinhar em maior quantidade
De cada vez que cozinhamos estamos a consumir energia. Logo, ao cozinharmos em maior quantidade, estamos a rentabilizar esse gasto de energia e a poupar na fatura da eletricidade e/ou gás.
Ter em atenção o tamanho da panela
O ideal é cozinhar sempre numa zona de cozedura (no caso da placa) ou queimador (no caso do fogão) adequado ao tamanho da panela. Ao optar por uma zona grande para um tacho pequeno acaba-se por desperdiçar muita energia.
Utilizar sempre a tampa
Cozinhar com as tampas colocadas ajuda a acelerar a fervura, reduzindo o gasto de energia.
Otimizar a quantidade de água
Sempre que se coze algum alimento em água, como é o caso da massa, a quantidade de água deve ser adequada à quantidade de massa. Ao colocar demasiada água, não só se desperdiça água como também vai ser necessária mais energia para a aquecer.
Aproveitar o calor residual
É possível desligar o fogão alguns minutos antes do tempo de confeção, porque o calor acumulado vai encarregar-se de terminar a confeção.
Manter o fogão limpo
Caso tenha um fogão a gás, a manutenção da limpeza é importante para evitar obstruções nas passagens de ar ou de gás. Uma cor de chama amarela ou laranja pode ser sinal de obstrução, e pode significar que está a gastar mais gás do que o necessário.
5 passos simples para organizar a sua despensa e evitar o desperdício alimentar:
6 Ideias para poupar água na cozinha
JÁ APLICAM ESTES GESTOS NA VOSSA CASA?
Para conservar melhor os alimentos
JÁ ORGANIZOU O SEU FRIGORÍFICO DESTA FORMA?
Formas de evitar o seu desperdício
Podemos adicioná-los em:
DICA: manter no congelador um recipiente para ir guardando os restos dos legumes
E mais uma forma de aproveitar os legumes: Cubos de Caldo de Legumes. São mesmo Fáceis de Preparar!
Estes são os ingredientes para preparar os cubos de caldo de legumes:
Preparação:
O que acham destas ideias? Vão Experimentar?
O forno é um dos eletrodomésticos que gasta mais energia, mas com algumas estratégias é possível rentabilizá-lo e reduzir o seu consumo.
Agora contem-nos: já estão a rentabilizar o vosso forno ao máximo? Ou vão colocar algumas destas ideias em prática?